Publicado em: 16/08/2023
Tratamento para lesões Meniscais sem
Cirurgia.
Por: Dr. André Frare
As rupturas meniscais podem ser definidas como interrupções
na continuidade da fibrocartilagem meniscal. Com base na etiologia, as rupturas
meniscais podem ser classificadas como traumáticas (rupturas que ocorrem com
trauma de energia suficiente e com início súbito de dor no joelho) e
degenerativas (lesões com progressão lenta e sem histórico claro de trauma). Em
termos de localização, as zonas mais comumente afetadas são o corpo e o corno
posterior do menisco medial.
Do ponto de vista clínico, as rupturas meniscais
degenerativas se apresentam como dor no joelho sem história clara de trauma
recente, geralmente em pacientes com mais de 40 anos de idade, possivelmente
(mas raramente) acompanhadas pela presença de sintomas mecânicos (cliques,
estalos). No exame físico, os achados que apontam para a presença de uma lesão
meniscal são sensibilidade na linha articular, dor na flexão profunda do
joelho, testes de provocação meniscal positivos (McMurray, Apley, Childress,
Thessaly, Steinman) e um clique audível durante a amplitude de movimento. O
derrame no joelho pode estar presente, mas é mais comumente observado com
lesões meniscais traumáticas agudas. A modalidade de imagem de escolha para
apoiar o diagnóstico de uma lesão meniscal degenerativa é a ressonância
magnética (RM). Na ressonância magnética, as lesões meniscais degenerativas
aparecem como áreas de hiperintensidade linear em contato com a superfície
posterior e mais comumente inferior do menisco (rupturas horizontais) ou áreas de
hiperintensidade com múltiplos componentes (rupturas complexas).
O tratamento das lesões meniscais degenerativas, na ausência
de sintomas mecânicos, constitui principalmente medidas conservadoras, enquanto
a artroscopia só deve ser realizada na presença de bloqueio completo do joelho
ou falha de medidas conservadoras e na ausência de osteoartrite do joelho. Isto
é baseado em um tratamento de fisioterapia supervisionado associado a infiltrações
articulares nos joelhos. Estes podem consistir em suplementação de Viscosuplemento
com ácido hialurônico de alto peso molecular, injeções de corticosteroides ou
as chamadas abordagens ortobiológicas (incluindo produtos sanguíneos autólogos,
como plasma rico em plaquetas [PRP] e células tronco mesenquimais, que pode ser
administrado intra-articularmente ou diretamente no tecido do menisco com ou
sem o auxílio de ultrassom. A justificativa para o uso desses produtos no
tratamento de lesões meniscais degenerativas é a presença nesses produtos de
fatores de crescimento e células que podem promover angiogênese, proliferação
celular e diferenciação celular, todas as características que são benéficas
para a cicatrização do menisco rompido.
Dados de contato: Dr. André Frare – Departamento de Medicina
Regenerativa do Centro de Tratamento da Dor – e-mail: frareandreluiz@gmail.com – +55(45)99151-5959
– CEP: 85812-020 - Cascavel – Paraná – Brasil. 16 de Agosto de 2023.