Publicado em: 06/10/2021

A anatomia é a mais antiga disciplina científica da medicina, sabia disso? O seu estudo começa em 1600 a.C., com as primeiras dissecações científicas documentadas sobre o corpo humano acontecendo muito depois, no século III a.C. em Alexandria.

“Viver com dor crônica é difícil, mas lidar com aqueles que não se importam ou não entendem é mais difícil.” 

E por que a anatomia ganhou essa atenção? Porque, eu suponho, o interesse primordial dos humanos da época era – tal como é hoje e sempre será – o de evitar a doença e a morte. Afinal, sem saber como o bicho é, como ele acontece, enfim, não há como curá-lo.

O estudo científico da dor, que não tem nem 4 séculos, foi diferente. Assim como os anatomistas egípcios tiravam suas conclusões dissecando animais e não seres humanos, os pesquisadores da Harvard e da Mayo Clinic também o fazem. Por outro lado, pouquíssimos médicos e pacientes têm interesse em saber como o bicho da dor “funciona”. Como é que essa sensação estranha e desagradável vem literalmente à tona? Como ela pode, em questão de segundos, ir de zero ao desconforto, ou à paralisia, ou à loucura?

E por que razão isso deveria interessar se pode ser resolvido com um medicamento ou com um bisturi?

Os tempos mudam, porém. Às vezes, até evoluem.

Para começar, está ficando cada vez mais claro que, assim como as vacinas, os fármacos são falíveis. E que aqueles encarregados de prescrevê-los também o são. Convém ir pensando em novas alternativas analgésicas, então.

Depois, a neurociência mudou – ou detonou – boa parte do que era considerado científico e sabido em relação à dor até meados do século passado: aquilo da dor ser um fenômeno puramente sensorial, uma mensagem de tecidos agredidos ao cérebro, para fins apenas de registro. Essa noção, tida por verdadeira pela maioria dos profissionais da saúde, foi detonada.

 Hoje é sabido que a coisa funciona ao contrário: é o cérebro que, provocado por um estímulo, decide quanta dor haverá, onde no corpo e por quanto tempo. E isso só acontece depois dele decidir se é para haver dor ou não.

Por fim, hoje o estudo do cérebro – do qual, por sinal, sabe-se apenas 5% do que deveria ser sabido – mostra que a dor é modulada por conta de um embate entre neurônios que querem amplificá-la e neurônios que querem inibi-la, no seu desenvolvimento a caminho do cérebro. Haverá dor, e em havendo, ela será mais ou menos intensa, surda, profunda e duradoura, dependendo de quem vencer.

Mas, como tudo isso ajuda no tratamento da dor? Você deve estar se perguntando.

Eu vou citar apenas dois exemplos.

Primeiro, saber por onde os sinais de dor transitam pelo sistema nervoso ajuda a bloqueá-los, seja com os dedos OSTEOPATIA, com um fármaco, ou até com um bisturi.

Segundo, o cérebro abriga memórias, traumas e emoções em determinadas regiões neurais e elas em geral funcionam como combustível para uma agressão ao corpo gerar mais dor do que deveria. Sabendo manipular esses fatores psicossociais, e também regular a função bioquiímica e biomecânica do indivíduo com a OSTEOPATIA, TUDO FICA FACILITADO.

DR. ANDRÉ FRARE - FISIOTERAPEUTA OSTEOPATA - CENTRO DE TRATAMENTO DA DOR - CASCAVEL - PARANÁ - BRASIL

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